13 maio, 2011

História do Amor da Tua Vida


Quando ela for,
Tu vais perceber, vais ter a ideia,
de que deixaste o amor da tua vida ir,
Fugir-te das mãos, por entres os dedos, como areia.


Ela esperava a todo o momento,
Um simples sinal teu.
Tu nunca aparecias.
Pouca sorte: encontrou o errado Romeu.


Procurava uma eficaz maneira de te dizer,
explicar e tentar provar,
que significavas muito para ela,
Possivelmente mais do que querias significar.


Viraste a vida dela de pernas para o ar, 
Mudaste tudo conforme quiseste, 
Deste-lhe a mão e fizeste-a acreditar,
Que lutarias para a vossa felicidade, com tudo o que pudesses.


Foste o primeiro, e o mais verdadeiro,
Ensinaste-a a amar, como nunca antes fizera,
Definiste-lhe depois amor derradeiro, 
E o sentimento que dizias sentir, não sei como, desaparecera.


Pior!, depois parecias continuar a querer o amor dela, 
Mesmo sem a intenção de a amares.
E ela sorria,
Sem saber o que fazer, dizer ou sentir,
Sempre receosa do que fosses fazer a seguir.


Ela podia viver sem a tua presença,
Mas não era isso que queria, 
e não teria razões para o fazer se tu desaparecesses.
Voltou a crer e a confiar no que dizias.


Daí em diante as coisas foram diferentes,
Tu não estavas disposto a esforços nem sacrifícios, 
Por isso e como outrora alguém a havia prevenido de que não lhe eras merecedor,
Estava já pronta para partir, deslocar-se para outros sítios.
(Talvez para outros corações.)


Voltaste a implorar-lhe que não fosse,
Pediste-lhe mais uma vez que ficasse,
que te desse mais uma oportunidade,
que ainda não te deixasse.

Ela ficou.
Era ingénua e ainda não conhecia ao amor todas as adversidades.
Apesar de tudo, deu-se a ti e a venerar-te continuou.
Mas começava a alcançar que amar também dói.


Suplicaste-lhe que começassem tudo do zero,
mas ela conhecia-te tão bem…
Ela sabia que ia ser tudo igual,
Decidiu tentar mais uma vez, porém.


Fizeste-a cair de novo,
Promessas enganadoras, futuros que se prometiam risonhos, destroçados.
Não mereces nem uma vírgula do que ela é,
E enganaste-a, deixando-a repetidamente com os sonhos devastados!


Desta vez foi a gota de água,
Ela não podia aguentar mais.
Já não suportava aquela mágoa,
Que não a deixava sequer respirar.


Se ao menos soubesses o quanto ela pensava em ti,
O quanto ela te desejava a todo o momento lá, 
O quanto sofria porque parecias não te importar,
nem querer saber do vosso amanhã.

 
No coração dela ainda era tua,
Mas ela sabia que já não eras o mesmo. 
Mudaste e nem conseguiste percebe que isso a afectava.
E ela, parva, continuava a pensar em ti e a sentir-se, sem ti, uma alma nua.


Como que em jeito de saudade, 
ia relembrado tudo o que haviam vivido.
O quanto dela com que ficaste, 
E a maneira como o havia sentido.


E eu que não queria acreditar, 
quando mais uma oportunidade lhe pediste.
Mas ela já te entendia cada canto, 
sabia que ias feri-la e, foi desta que a perdeste.


Agora ela que ela se foi embora,
Não vai mais dizer o que desejas ouvir,
E se cansou da tua teia,
Tu percebeste que deixaste o amor da tua vida ir,
Fugir-te das mãos, por entre os dedos, como areia.



1º lugar, concurso literário, texto poético 2011.


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