20 fevereiro, 2011

É difícil esquecer alguém que me deu tanto para recordar. Tu foste diferente de todos os outros e uma parte de mim ainda te ama, uma parte de mim ainda não quer desistir de ti, uma parte de mim ainda não te quer esquecer, uma parte de mim são memórias, uma parte de mim ainda está constantemente a pensar em ti e não quer pôr fim a nós. Mas eu cometo erros, eu sou insegura e impaciente. Não sou perfeita, nem perto disso e se tu não és capaz de me amar assim, alguém será. Não és com certeza o único rapaz capaz de fazer-me tão feliz como fizeste. Passei uns dos cinco melhores meses da minha vida contigo. Tu sabias fazer-me sorrir, sabias fazer-me sentir desejada e amada. Não sei em que falhei para teres perdido todas essas qualidades que me faziam amar-te a sério, e entregar-me de corpo e alma a algo nosso que pelos vistos nunca mereceu tanto. Mas a verdade é que perdeste. Eu já não te reconheço. E é como te digo: estou farta. Estou principalmente farta de estar à tua espera. Mas fica sabendo que vou agora mesmo desfazer-me de tudo o que me faça lembrar de ti. Terás que sair da minha cabeça mais cedo ou mais tarde, e de preferência mais cedo. Pode ser que um dia, quando te fizeres um homenzinho, alterares esse estado arrogante, peito inchado e nariz empinado e aprenderes a dar-me o valor que tenho e mereço, e a lutar pelo que te faça feliz (mesmo que isso não seja eu) o destino volte a juntar-nos. O que interessa agora é que estás a perder importância para mim. Estás a começar a reduzir o espaço que ocupavas no meu coração. E isso deixa-me mesmo contente. Há mais espaço para outras pessoas. De vez em quando, ainda vens como que de mansinho assaltar o meu pensamento, mas como ele está a mudar de rumo e de vontades, desapareces quase tão rapidamente como apareces. E eu que pensava ser a razão de tudo, agora sei que fui a razão de nada. Não pareço ter tido qualquer significado para ti. Não pareço ter mexido nem um bocadinho contigo. Mas também agora não adianta de nada. Agora acabou. De vez. E não haverá retrocessos nem arrependimentos. Porque já houveram de mais. O que passou, passou. E tudo tem um fim, o nosso chegou, definitivamente.


2 comentários: