06 dezembro, 2010

Lamento imenso que não consigas perceber que eu tenho que seguir com a minha vida. Avisei-te vezes sem conta para não me tivesses como garantia e eu sei que no fundo, sabias que isto ia acabar por acontecer. Não podias esperar que depois de acabares comigo, dando como justificação o fim do teu amor por mim e passado uns dias dizer-me que afinal estavas confuso, eu estivesse sempre disponível para ti. Melhor que ninguém, sabias a situação em que eu estava. E se as coisas aconteceram, foi porque encontrei noutra pessoa, aquilo que não foste capaz de me dar. Apesar de não ter significado para mim tanto quanto devia.
Ainda gosto de ti, sim, e ainda sinto saudades tuas e ainda estás muito presente na minha vida (mais do que aquilo que eu queria e mais do que aquilo que era suposto). Mas encontrei alguém que começa a fazer-me sentir especial, e a mostrar-me que há vida para além de ti.
Devias ter aberto os olhos, (...), eu estava completamente perdida de amores por ti. Desististe do que tínhamos, e apesar do que possas dizer, antes de dares qualquer oportunidade à distância. Eu compreendo e sempre compreendi tudo o que me pedias. Aceitei todos os teus defeitos sem por entraves ao nosso amor e mais, deixei-me ir muitas vezes abaixo por causa de algumas das tuas atitudes típicas de rapaz adolescente, que me magoavam muito mais do que imaginas. Agora, de repente e sem explicação aparente, tens reacções que eu não esperava de ti. Reacções essas, que não sei se me magoam, se me confundem ou se me deixam com uma réstia de esperança credível em relação ao que sentes por mim. Eu sinto que o que aconteceu entre nós não acabou (e provavelmente nunca acabará), mas sei que sentes exactamente o contrário. E sei também que se não me esqueceste já, farás de tudo para que isso aconteça. Não queres ter-me mais no coração, assim como eu não quero mais ter-te no meu. Mas sabes, não sei se passa o mesmo contigo, mas eu não consigo tirar-te do meu. Pareces insistir em lá ficar e com estas atitudes, só mostras fazer mais força para não saíres. Por isso, se queres realmente demover-te do meu coração, e demover-me do teu, é melhor começares a aceitar que outra pessoa está a tomar parte dele e tornares-te leve para que o vento te possa levar. Se não é isso que queres… Oh, eu sei que é isso que queres. Quanto ao que eu quero, bem, o que eu quero pouco te interessa, não é? Estás desiludido comigo, eu sei. E talvez compreenda. Mas é como eu te digo, agora é tempo de me deixares ir. E de tu ires, também. Porque não és mais meu. E eu serei de outra pessoa em breve, se tudo acontecer como é suposto e porque assim quiseste.
Se um dia o destino quiser voltar a juntar-nos, ele encarregar-se-á disso. E aí, só dependerá de ti, de mim e de nós.

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